Para muita gente, a relação entre UX e dados está somente em relatórios do Google Analytics, contudo, com a quantidade de dados disponíveis crescendo a cada dia é possível ter insights que vão muito além de cliques e tempo de sessão.
Afinal a medida que empresas buscam atrair cada vez mais clientes melhorando seu site ou aplicativo através do design centrado no usuário, podemos presumir que utilizar UX designers com analistas de dados pode eliminar muitas suposições e assim ajustar o processo criativo e seu resultado.
Veja alguns exemplos de como o Human Data Science podem ajudar a levar o UX Design a um nível totalmente novo.
Descobrir o público-alvo
Se você estiver projetando um produto completamente novo, você pode não saber o que esperar dos seus usuários para o produto que você está criando. Assim você poderá chegar até a assumir a responsabilidade de mostrar a eles algo inteiramente novo por meio de um design inovador.
Contudo, quando você está projetando um site ou aplicativo móvel, pode-se supor que seus usuários ainda que tenham uma vaga uma ideia do que desejam, muitos deles possam não ser pessoalmente capazes de conseguir colocar em palavras.
Assim há uma infinidade de complexidades em relação ao produto e, embora muitos profissionais entendam que não existe uma receita única para todos, ainda não encontramos uma abordagem que ajude os designers a mergulhar em seu trabalho com um entendimento mais profundo.
Temos muitos bits e peças, mas sem dados robustos, ainda estamos contando com suposições bem fundamentadas e alguns princípios razoavelmente intangíveis.
É aí que entra o Human Data Science, ajudando os designers a aprender sobre o comportamento do usuário, entender melhor o contexto de cada usuário, segmentar os usuários por padrões de comportamento e encontrar uma direção viável no processo de design.
Foco nos problemas certos
Não importa o quão fabuloso um design pareça ou por que você acha que ele fornece uma experiência ideal, o ponto é que nenhum designer, não importa o quão bom ele seja, pode prever o que os usuários desejam.
Para prever o quão bem aceito é um produto utilizamos os testes de usabilidade, que são vitais para todo o processo.
Mas é quando se trata do processo criativo?
Afinal muito antes do teste do usuário, os dados podem fornecer uma orientação ao longo de todo o caminho.
Desta maneira, utilizar o UX orientado com o Human Data Science pode fornecer todos os insights de que você precisa para minimizar as suposições e não ter que voltar às fases anteriores do seu processo.
Para isso, existem muitas fontes de dados que nos fornecem uma visão sobre as preferências do usuário e as melhores práticas para o Ux Design, como por exemplo: o Google Analytics que fornecem certo nível de percepção, contudo, a verdadeiro desafio consiste em ser capaz de navegar por todas essas informações.
Até porque não se trata de dados, mas sim de compilar e analisar os dados robustos de uma forma adequada para encontrar os problemas que precisam de soluções criativas.
Ultrapassando o padrão
As suposições são um grande problema no processo criativo de UX Design.
Quando você tem uma ideia de que algo deve funcionar maravilhosamente bem, é difícil se livrar dessa ideia, porque simplesmente você não é o seu usuário. E isso é normal.
Afinal, as melhores práticas de UX e as tendências atuais também contribuem amplamente para essas suposições e os UX Designers precisam de algo para se agarrar e ir além delas.
Caso contrário, você acaba com um site pré-fabricado que realmente não ressoa com o seu público alvo, embora seja criado de acordo com todas as regras e práticas recomendadas.
Claro, que existem princípios de experiência do usuário de longa data, mas o problema surge quando os princípios se tornam regras que você segue ao pé da letra.
Se você reservar um tempo para vasculhar em seus perfis e portfólios ou de terceiros, com certeza você encontrará todos os tipos de abordagens diferentes para soluções de experiência do usuário, o que, em última análise, torna os sites ou apps autênticos e impressionantes.
É interessante notar que, de todas as coisas, o Human Data Science pode ajudar a guiar os UX Designers em uma direção mais criativa, adaptando a experiência do usuário especificamente para cada público.
Apoiando hipóteses de design
Ao contrário do que muitos imaginam a utilização do o Human Data Science têm muito mais probabilidade de encorajar o design criativo do que inibi-lo.
Quando UX Designers, pesquisadores e cientistas de dados trabalham juntos, o resultado pode fornecer uma experiência de usuário altamente rica e personalizada.
Mais uma vez, trata-se de como os dados são interpretados e usados.
Afinal se você se concentra em demandas imediatas, como por exemplo, melhorar as taxas de conversão, você sempre poderá consultar os dados para ter certeza de sua decisão de seguir os métodos experimentados e já testados, que devem pelo menos colocar um remendo sobre o problema.
Contudo, se as equipes trabalharem juntas para realmente obter um insight sobre o significado de todos os dados, os UX Designers podem ter todo um novo campo de oportunidades aberto.
Desta maneira, você terá muito mais com o que trabalhar, e isso pode levá-lo a criar propostas ousadas e inovadoras. Nesse caso, os dados estarão lá para ajudá-lo a convencer as partes interessadas e seus clientes.
Conclusão
Como você percebeu o Human Data Science, pode ajudar os UX Designers a:
- Encontrar a direção necessária para aproveitar ao máximo o seu processo criativo;
- Focar em problemas muito específicos que eles poderiam ter previsto e usar o conhecimento que têm do seu público-alvo para explorar as soluções mais viáveis;
- Descobrir novos padrões, tendências e soluções, e assim encontrar oportunidades para soluções criativas em segmentos de usuários específicos;
- Eliminar falsas suposições antes do teste de usabilidade;
- Fazer com que a equipe de design e ciência de dados trabalhe em conjunto criando uma abordagem verdadeiramente holística que ajudará a dar passos gigantescos rumo às melhores soluções.