
Seja para um novo projeto ou para uma determinada situação, o fato é que quanto maior o conhecimento que temos maior e capacidade de identificar e prover soluções que sejam adequadas e façam sentido aos usuários.
Desta maneira, a pesquisa UX é o estudo dos usuários alvo e seus requisitos de forma sistêmica, que possibilita adicionarmos contextos e percepções mais realistas ao processo de design.
Através da pesquisa UX conseguimos entender os hábitos e comportamentos das pessoas, como agem, o que pensam suas preferências, seu dia a dia etc., para que desta maneira possamos responder satisfatoriamente as suas necessidades com boas soluções de design.
Na prática a pesquisa em Ux é uma maneira de testar as suposições e validar a construção de aplicativos, produtos e serviços na perspectiva do/a cliente-final. O objetivo da pesquisa em Ux é entender tudo, ou quase tudo, sobre pessoas e como elas realmente vão se beneficiar com a solução que está em desenvolvimento.
Para isso, a pesquisa de Ux é elaborada em duas etapas:
A primeira parte da pesquisa consiste em saber qual a necessidade do usuário, através da realização de entrevistas, observação do comportamento de potenciais clientes e transformação destes dados em idéias e insights para projetos.
A segunda etapa da pesquisa Ux é executada enquanto o produto está sendo desenvolvido ou aprimorado, utilizando principalmente testes de usabilidade, a fim de obter percepções e possíveis alterações que melhorem a experiência do usuário.
Contudo, para realização das pesquisas em Ux é necessário conhecer os tipos de metodologias, e quais são as melhores para serem aplicadas em cada caso, a fim de reunir todos os insights e solucionar o problema proposto.
Podemos dividir as pesquisas em Ux em Quantitativas e Qualitativas, a primeira visa determinar motivações e necessidades dos usuários, já a segunda visa testar os resultados.
Contudo, para que possamos fazer uma boa pesquisa é vital usarmos métodos que sejam adequados ao propósito da pesquisa e que forneçam informações claras e objetivas que possam ser interpretadas na construção de insights valiosos para o design.
A pesquisa Qualitativa usa métodos como entrevistas e estudo de campo, para que seja obtido uma compreensão mais aprofundada do porque os usuários agem de determinas maneiras.
Em uma abordagem qualitativa, a intenção é identificar diferentes comportamentos, opiniões e atitudes sobre o produto.
Outro aspecto interessante da pesquisa qualitativa é quando estamos testando a usabilidade, para monitorar (por exemplo) as respostas de estresse dos usuários. Contudo, como a pesquisa qualitativa envolve a coleta de opiniões, motivações etc.. Devemos ter o cuidado de que nossas opiniões não interfiram ou influenciem nas respostas destes usuários.
Já a pesquisa Quantitativa é usada para pesquisas e análises, quando já possuímos dados que possam ser mensuráveis obtidos das suposições da pesquisa qualitativa.
Em uma abordagem quantitativa a intenção é medir quantas pessoas acham isso ou fazem aquilo e quantificar comportamentos mais comuns dentro de um universo de pessoas.
Com base nestes dados podemos descobrir padrões entre grupos de usuários, tendo uma maneira estatisticamente mais confiável de avaliar a população de usuários-alvo.
Contudo, prefira sempre utilizar a combinação destes dois métodos, para que você tenha uma visão mais clara de um problema de design.
Essa distinção pode ser resumida em “o que as pessoas dizem” e “o que as pessoas realmente fazem”.
Embora a maioria dos estudos de usabilidade deva se basear mais no comportamento, os métodos que usam informações autorreferidas ainda podem ser bastante úteis para os designers. Como por exemplo:
Já no outro extremo, os métodos que se concentram principalmente no comportamento buscam entender “o que as pessoas fazem” com o produto ou serviço em questão. Por exemplo:
Pesquisa de contexto
O contexto é utilizado para identificar informações importantes sobre o produto: se o material está sendo usado e como ele é útil para as pessoas.
Na prática, o que se busca saber é se o uso é natural ou próximo do natural, aproximando-se o máximo possível da realidade. Contudo, na pesquisa de contexto, os próprios usuários podem ser estimulados a realizarem alterações no produto, com a finalidade de melhorar a sua experiência e atender as suas necessidades.
Estágios do desenvolvimento
Outra distinção importante a se considerar quando estamos escolhendo entre as metodologias para a pesquisa UX é a fase de desenvolvimento em que o produto/solução e seus objetivos se encontram.
Segundo a Nielsen Norman Group (empresa referência em Ux) existem 4 estágios a serem observados em um projeto que são:
Fase de descoberta
Onde se determina o que é relevante para os usuários, para esta fase podemos usar:
Explorar
Nesta fase onde passamos a examinar como atender as necessidades dos usuários, para isso podemos utilizar:
Teste
Nesta fase avaliamos o projeto, podemos utilizar para isso:
Por fim temos o estágio de “Escutar”, onde buscamos avaliar como os usuários se sentem em relação ao produto, e também buscamos encontrar problemas em relação ao mesmo. Para isso podemos usar:
Contudo, devemos sempre ter em mente que todos os métodos de pesquisa têm seus prós e contras, portanto é interessante decidir com cuidado quais os métodos que serão utilizados em uma pesquisa Ux.
Referências
https://www.interaction-design.org/literature/topics/ux-research