Arquitetura da informação no design UX

Arquitetura da informação no design UX



Author Eduardo Rubinato


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Uma parte essencial da condição humana é tentar agrupar tudo em padrões e estruturas discerníveis, geralmente levamos décadas para ter um vislumbre da compreensão do mundo que nos rodeia.

Contudo, os usuários têm apenas alguns minutos para entender a infraestrutura de um produto digital. É por isso que sem a Arquitetura da Informação (IA), criar uma boa experiência do usuário seria uma tarefa árdua.

Por isso, é essencial entender os fundamentos da IA, seus princípios básicos e sua importância no design de UX.
O que é Arquitetura da Informação?

Todo mundo já deve ter passado pela experiência de ter usado um produto mal projetado. Suas falhas são imediatamente evidentes, é ruim, frustrante e com muitos atritos desnecessários.


Desta maneira, ao utilizarmos a Arquitetura da Informação buscamos apresentar as informações de uma forma clara e lógica, oferecendo aos usuários dicas essenciais sobre como navegar adequadamente no produto que estão usando.

Os princípios da Arquitetura da Informação

Para padronizar a IA, segundo Dan Brown, (UX designer e arquiteto), propôs uma série de princípios, que são:

  1. Princípio dos objetos - o conteúdo apresentado ao usuário deve ser tratado como um objeto com ciclo de vida finito e comportamento claramente definido;
  2. O princípio das escolhas - os usuários devem ser apresentados a uma série de escolhas úteis que visam resolver uma tarefa específica;
  3. O princípio da divulgação - é essencial fornecer aos usuários apenas informações suficientes para orientá-los através de seu produto. Sobrecarregá-los pode levar a atritos desnecessários;
  4. O princípio dos exemplares - os usuários devem receber exemplos das informações contidas em uma categoria. Isso permite que eles processem as informações de uma maneira mais intuitiva e eficiente;
  5. O princípio das portas da frente - nem todos os usuários começam a usar um site em sua página inicial. É importante fornecer aos usuários um indicador de onde estão localizados neste ponto e como podem chegar ao destino desejado;
  6. O princípio das classificações múltiplas - é vital fornecer aos usuários a oportunidade de navegar em seu produto de várias maneiras;
  7. O princípio da navegação focada - o menu de navegação de um produto deve ser definido por seu conteúdo, ao invés de sua localização;
  8. O princípio do crescimento - um produto deve ser criado com o crescimento em mente. É essencial projetar com escalabilidade em mente ;
     

A importância da Arquitetura da Informação

Imagine ser repentinamente transportado para um ambiente do qual você nada sabe. Você não sabe onde está, do que o lugar é feito e para onde pode ir a partir daí. Isso é muito semelhante a usar um produto sem IA - parece um labirinto sem coordenadas.


Fundamentalmente, a Arquitetura da Informação transforma um usuário sem noção em um descobridor experiente. É nossa responsabilidade fornecer a eles as ferramentas necessárias para isso.
No campo do design digital, a arquitetura da informação pode ser mencionada como a espinha dorsal do serviço que você está prestando, ou podemos dizer que uma arquitetura da informação é a base do serviço digital e ajuda a projetar o contexto de navegação dos seus.

Quando usar IA

A Arquitetura da Informação é semelhante à fundação de um edifício, assim ela deve ser utilizada antes que as primeiras paredes sejam levantadas. Ou aplicando este racicionio para UX é essencial estabelecer uma estrutura clara do produto antes que os primeiros wireframes sejam executados.

Colocar IA antes de wireframing garante que o conteúdo apresentado em uma tela ou página flua naturalmente. Isso só pode ser alcançado quando você tiver uma lista exata de recursos e funcionalidades de antemão. Um fluxo intuitivo aumentará significativamente as chances de seu produto atingir seus objetivos de negócios e de usuário.

Como começar

Como a maioria das coisas de UX, IA gira em torno de usuários, contexto e a interpretação correta do conteúdo.
Uma parte central da criação de uma arquitetura eficaz é um entendimento profundo das pessoas que usarão o produto. Assim um arquiteto precisa aprender sobre a função que o produto executará para os usuários finais, bem como suas expectativas em relação a ela.


Para saber mais sobre os usuários do produto, os arquitetos recorrem a uma série de métodos de pesquisa qualitativa:

  • Entrevistas com usuários e partes interessadas e grupos de foco podem nos informar sobre os recursos e elementos de IU necessários;
  • Card sorting são uma ótima maneira de estabelecer hierarquias. Você poderá estabelecer relações entre recursos e elementos, bem como estabelecer prioridades;
     

Depois de conduzir sua pesquisa, é armazenar todos os dados coletados em um só lugar. Se torna possível visualizar estes dados, podemos utilizar diversas ferramentas para isso, como por exemplo: o Miro.
 
Também vale a pena mencionar que o grau de detalhamento de sua IA pode variar. Normalmente, quanto mais detalhado, melhor, pois isso garante que você esteja na mesma página com outras partes interessadas. No entanto, a decisão é sempre sua.


Validando uma arquitetura de informação

Depois de reunir todas as informações necessárias da pesquisa, estamos pronto para começar a wireframe. Neste ponto, podemos incluir todos os recursos e elementos de design de uma forma que os usuários considerem natural.
Vale ressaltar que o wireframe inicial passará por muitas iterações. Como resultado, as suposições levantadas serão testadas e examinadas ao longo de todo o processo de desenvolvimento.
 
Depois disso, os wireframes serão validados com os usuários e ajustados para suas necessidades por meio de entrevistas de usabilidade.

Conclusão

A arquitetura da informação é um componente essencial para o bom design de experiência do usuário, pois permite que seus usuários naveguem em seus produtos digitais sem se sentirem perdidos ou desorientados.
É por isso que a arquitetura da informação é uma base inestimável para qualquer empreendimento de design.

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